Caros alunos, Para vos ajudar!! Ou não....

Ao longo dos próximos dias irei publicar informações sobre a lista de livros recomendada, para que possam fazer uma escolha o mais (in)consciente possível. Uma vez que a tarefa será árdua e morosa, solicito a máxima colaboração de Vossas Excelências, isto é, partilhem informações sobre as vossas pesquisas.


Atenciosamente,


João Cunha Silva

domingo, 12 de dezembro de 2010

Casa na Duna de Carlos de Oliveira

Casa na Duna


Casa na Duna
Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 131
Editor: Assírio & Alvim
ISBN: 9789723709643


12,00€

Sinopse
Casa na Duna foi publicada pela primeira vez em 1943. “Aqui não sabemos o que mais admirar — da desenvoltura da escrita à densidade do tema, passando pelas principais personagens, jamais reduzidas a caricaturas. Isto num autor que, à época, só tinha 22 anos! Corrocovo, a aldeia da novela, funciona como poderosa metáfora de um país arcaico e claustrofóbico, ainda dominado pela atmosfera rural. Lá, como em Portugal inteiro, ‘há homens a viver como os bichos’. Mas o seu empenhamento social não leva o autor a perder uma atracção quase poética pela natureza. Abundam descrições sugestivas como esta: ‘Hilário gostava do Inverno à solta. Céus a desabar, casebres submersos, pinhais vergados ao peso das bátegas, água e vento contra a janela. Passava as noites acordado enquanto o ar de roldão devastava tudo. Ocorriam-lhe histórias nebulosas da infância. Bruxas, lobisomens, botas de sete léguas’.
O grande fascínio deste livro surge ao nível da técnica estilística: o autor joga com mudanças súbitas de tempo, de forma verbal, de sujeito narrativo. Por influência do cinema, recorre a flashbacks para diversificar a acção. Inspirado em autores como Hemingway, Caldwell e Jorge Amado — que marcaram todo o neo-realismo português —, cultiva o parágrafo curto, seco, incisivo. Nesta prosa não há um adjectivo a mais, nem um vocábulo fora do lugar. Por sua vez, também ele influenciou outros: é nítido o parentesco entre Casa na Duna e O Delfim (1967), de Cardoso Pires. Carlos de Oliveira (1921-81) deixou-nos uma obra de ficção lamentavelmente curta, com apenas cinco títulos editados em 35 anos, mas de qualidade indiscutível. ‘Basta que a memória ceda apenas um momento para os mortos estarem perdidos’, escreveu ele em Casa na Duna. Até por isso, é urgente lembrá-lo. E lê-lo.”
Pedro Correia in Diário de Notícias

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